Espelhos espalhados - 2008

Encontrei este texto por acaso entrando no blog errado que criei em 2008 e depois criei outro sem apagá-lo. É engraçado ler alguma coisa que vc mesmo escreveu sem lembrança nenhuma dele. Nem mexi nem corrigi, deixei do jeito que estava. Abaixo:

Na frente do espelho não sou um cara com medo, apenas um cara. O medo fica dentro de mim, o espelho não mostra as coisas assim. Mostra reflexo e não reflexão. Espelho mostra o que ficou do passado em diante. Cara a cara. Somente o agora. Não mente porque também não fala.
Se o espelho mostra da maneira que vejo, então dá no mesmo! Eu vejo e depois esqueço. Me mostre uma novidade, um futuro! Mostre-me o mundo, não a mim. Mostre tudo o que não tenho. Pois nunca serei sempre a mesma pessoa. Sabe de uma coisa? O espelho nào sabe quem sou eu. Nunca me viu rir, nunca me viu chorar, nunca em viu com alguém. Espelho não é ninguém. Eu não sou assim o tempo inteiro. Eu não sou assim.
A imagem que mostra acaba na mesma hora. Espelho só é espelho até o momento que vou embora.

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