Quão mais dormitará divindade
As que o credo cria
Incógnito e indecifravel
Quando despertará a tua ira?
Que seja eu julgado e despedaçado
Vão-se minhas mãos, rasguem-se como andrajos
Queime minha lingua pelo que disse e não
Destrone minha mente e consuma
Não deixe das esperanças nenhuma
Me açoite, justiça, se falhei
Morda-me o ódio se não amei
Me apedreje e me apodreça
Mas leve comigo junto
A maldade que paira no mundo
Dos que pisam inocentes
Dos que usam a pele como vestes
Dos que pagam pela crueldade
E dos que com ela lucram
Dos que são plateia da dor
Leve e lance-os fogo
Consuma até nada sobrar
Vingue a inocencia
Vingue o universo
Vingue o sangue
Vire sangue
Nem que me leve, mas lave
Inda que tenha eu de ir junto
Lave o que ainda resta do mundo
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